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quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Redes sociais na formação de crianças e adolescentes - Parte 1

Porque falar sobre isso

“Por que, como professor, falar de redes sociais e jovens?” Essa foi a pergunta que me levou a pesquisar e escrever sobre o fenômeno das redes sociais na formação das nossas crianças e adolescentes.

Esse ambiente já está bastante integrado à rede, tanto que 86% dos usuários de internet possuem uma conta em alguma rede social (http://goo.gl/0Dqty2) e, além disso, e essa é a parte realmente importante, em 2013, 79% dos usuários de redes sociais foram crianças e adolescentes (http://goo.gl/e4YNCn). Dito isso, não seria obrigação dos professores desenvolver um maior entendimento em relação às redes sociais para guiar seus estudantes no bom uso dessa ferramenta? A resposta a essa pergunta, ao menos pra mim, é ‘sim’. Afinal, ninguém mais vai fazer isso e essa dúvida resume o que sinto ser minha responsabilidade.

Imagem tirada daqui.


Redes sociais


O surgimento e a popularização das redes sociais pode ser encarado como um fenômeno recente bastante interessante: gerou possibilidades distintas das existentes na área da comunicação, afinal, através do uso desse ambiente, qualquer pessoa pode gerar conteúdo que alcance um número razoável de expectadores. Além disso, caso o conteúdo gerado chame atenção, ele com certeza chegará a milhares de pessoas através de curtidas, compartilhamentos, retweets ou mensagens instantâneas.

Exposição pública


Levando em conta somente a possibilidade de qualquer um criar conteúdo, as redes sociais podem ser encarados como algo muito positivo. No entanto, não faltam exemplos de mau uso da internet que, muitas vezes, prejudicam a vida de pessoas que publicaram algo que não deveriam: em 2010, o jornalista Felipe Milanez, que trabalhava na ‘National Geographic’, perdeu o emprego por criticar a ‘Veja’ no Twitter, já que essas duas revistas são da mesma editora (http://goo.gl/j1tAo5); no mesmo ano, Alex Glikas, corintiano e um dos diretores da Locaweb, ofendeu o São Paulo Futebol Clube no Twitter durante um clássico entre seu time e o tricolor. Moral da história: Glikas perdeu o emprego, já que a Locaweb estava patrocinando o São Paulo durante o jogo (http://goo.gl/inFH5a); e, em 2012, a estudante de direito Mayara Petruso foi condenada pelo comentário preconceituoso que soltou, também no Twitter (http://goo.gl/XX0ciU).

Existem vários casos semelhantes e nenhum deles é muito difícil de encontrar: basta procurar em qualquer ferramenta de busca e podemos ler sobre as mais diferentes histórias de redes sociais atrapalhando a vida de alguém, seja por um comportamento infeliz da própria pessoa, seja por terceiros mal intencionados.

Assim, a meu ver, o grande problema da internet é que ela é um ambiente público. Talvez, isso em si não seja um problema, mas na medida em que não sabemos lidar com essa faceta da rede, acabamos nos colocando em maus lençóis.

Então, ao menos uma coisa tem que ficar clara para nossas crianças e adolescentes: praticamente todo conteúdo colocado na internet se torna público, ou seja, tudo que aparece aqui pode ser lido por qualquer pessoa com acesso.

Muitos podem até afirmar que isso não verdade, que existem grupos fechados no Facebook ou de chat no Whatsapp que impedem o acesso público à tudo que escrevemos ou enviamos. Pobre engano: muito do que é postado nesses grupos acaba aparecendo em outros canais da internet e, mais uma vez, exemplos não faltam: são fotos e conversas íntimas que vazam (http://goo.gl/YHg8my; http://goo.gl/Dh53Vy), vídeos de sexo (http://goo.gl/o4lnnE), enfim, toda e qualquer coisa que possamos pensar. Basta procurar.

Parece que as pessoas não conseguem ficar sem compartilhar tudo que encontram na web.

Como educadores, temos que alertar nossos estudantes para pensar melhor antes de cometer atos semelhantes e mais, temos que conhecer, também, as possibilidades que a internet traz e podem atrapalhar o desenvolvimento de nossas crianças e adolescentes.

Páginas citadas:

IBOPE: Número de usuários de redes sociais ultrapassa 46 milhões de brasileiros. Disponível em: http://www.ibope.com.br/pt-br/noticias/paginas/numero-de-usuarios-de-redes-sociais-ultrapassa-46-milhoes-de-brasileiros.aspx
FOLHA: Cresce presença de crianças e jovens nas redes sociais, diz pesquisa. Disponível em: http://maternar.blogfolha.uol.com.br/2014/08/06/cresce-presenca-de-criancas-e-jovens-nas-redes-sociais-diz-pesquisa/
PORTAL IMPRENSA: Jornalista é demitido da National Geographic por criticar Veja no Twitter. Disponível em: http://www.portalimprensa.com.br/portal/ultimas_noticias/2010/05/11/imprensa35627.shtml
ÉPOCA: Mensagem no Twitter causa demissão de executivo da Locaweb. Disponível em: http://epocanegocios.globo.com/Revista/Common/0,,EMI130181-16349,00-MENSAGEM+NO+TWITTER+CAUSA+DEMISSAO+DE+EXECUTIVO+DA+LOCAWEB.html
UOL: Justiça condena universitária por preconceito contra nordestinos no Twitter. Disponível em: http://tecnologia.uol.com.br/noticias/redacao/2012/05/16/justica-condena-universitaria-por-preconceito-contra-nordestinos-no-twitter.htm
EFAPMAIS: Jovem tem foto íntima vazada no WhatsApp. Disponível em: http://www.efapimais.com.br/efapimais/jovem-tem-foto-intima-vazada-no-whatsapp/
ANOTÍCIA: Conversa íntima entre professor e aluna de Joinville vaza na internet. Disponível em: http://anoticia.clicrbs.com.br/sc/geral/noticia/2013/04/conversa-intima-entre-professor-e-aluna-de-joinville-vaza-na-internet-4122834.html
BHAZ: Jovem que teve vídeo de sexo compartilhado no WhatsApp agradece apoio de internautas. Disponível em: http://www.bhaz.com.br/jovem-video-sexo-compartilhado-whatsapp-agradece-apoio-internautas/

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